Li um artigo que culpava Dilma, o real forte e
a política externa internacional como os responsáveis pelo fraco crescimento
industrial brasileiro e incrivelmente não fizeram nenhuma menção aos bilhões de
reais que foram, e continuam sendo, roubados dos cofres públicos no
Brasil.
O crescimento econômico não é gerado como
mágica, depende de certos fatores para acontecer, e os empresários não são
marginais, pelo contrário, são pessoas que trabalham muito, com eficiência e
seriedade. Infelizmente tem alguns que atendem o canto da sereia e fazem
parcerias com governos corruptos para o enriquecimento ilícito de ambas as
partes, mas isto é exceção, não a regra geral.
Empresário sabe o quanto ė difícil pagar uma
folha de pagamento, quitar os impostos, manter um nome de referência
profissional e construir um patrimônio, por isso mesmo dá valor a cada centavo
que ganha e que gasta, e, logicamente, não vai investir num ambiente
desfavorável ao sucesso financeiro.
No estudo de viabilidade, na implantação de
uma planta industrial, os fatores de maiores relevância são o energético,
a facilidade de acesso ao empreendimento e das linhas de crédito, a mão de obra
disponível, o panorama fiscal local e principalmente o retorno financeiro. Isto
tudo sem falar no espaço físico e no aporte de dinheiro próprio a ser
gasto antes, durante e depois da implantação da empresa.
A corrupção instalada e institucionalizada nos
governos e nos partidos políticos trouxe graves consequências, que atrasaram o
crescimento econômico, social e politico brasileiro, e que deixará suas consequências
por mais de uma década, ainda, se for estancada hoje.
Vejam algumas delas, causadas pelo roubo
do dinheiro público:
Os apagões estão aí, acontecendo e trazendo
graves prejuízos para a economia brasileira
As estradas federais, estaduais e
municipais estão acabadas, também nunca se roubou tanto no Ministério dos
Transportes como nestes últimos anos.
A educação, no Brasil, foi relegada ao esquecimento.
Nossas crianças estudam da mesma forma que seus avós estudavam: quadro negro e
giz, quando muito quadro branco e caneta. Só que elas têm seus interesses e
atenção voltados para joguinhos, celulares, computadores, enfim toda essa tecnologia
que envolve o séc XXI. E o poder publico nem percebe isso e não muda o
programa educacional brasileiro, pelo contrário, muitos governos como o do Distrito
Federal não gastam nem o percentual mínimo a que são obrigados por lei na
educação. O resultado é que o sistema escolar ficou retrógado, os professores
não se reciclaram, os prédios nem sequer são reformados de forma digna e os
alunos não querem ir à escola, e então o caos foi instalado. A escola,
hoje, não é reconhecida como um local de pertencimento pelos alunos, gerando
conflitos, como que nos gritando "não é esta a educação que
merecemos". E um país que não investe na educação de seu povo está fadado
ao atraso, econômico, social e político. Nossa mão de obra, por isso mesmo, não
é qualificada e não atende às necessidades do mercado de ponta em
desenvolvimento no mundo inteiro.
As políticas fiscais foram estadualizadas, em
nome da arrecadação, gerando grande conflito e dividindo interesses. Os nossos
legisladores e governadores parecem que não sabem que existe um Brasil
continental, e olham só para seus umbigos esquecendo da importância da
unificação dos impostos no processo de industrialização e na geração de
empregos, fatores determinantes para atender o crescimento e desenvolvimento do
povo brasileiro.
Mas o gargalo mais difícil mesmo é o local do
empreendimento e o acesso aos financiamentos, hoje distribuídos sob a
égide do favorecimento político. Então, como vemos, a industrialização no
Brasil é um sonho que só atrai os Marcos Valérios da vida, que têm que
dar os ate 40% de seus lucros à políticos imorais em troca da garantia aos
acessos a financiamentos e áreas de investimento, com a possibilidade, ainda,
de terem seus nomes estampados nos jornais como corruptos e saírem de
suas casas algemados.
Enquanto isso está acontecendo os
corruptores entram e saem dos palácios governamentais dando ordens e
determinando sobre a atuação, credibilidade e respeito que se deve ter ou não à
Suprema Corte do Judiciário brasileiro.
É uma vergonha!
Esta é a visão de milhares de Marias que
acompanham silenciosas seus maridos, empresários, nessa triste caminhada, e a
de seus filhos na busca de empregos que não chegam nunca.
MCLEÃO
Adm. Publica, consultora, blogueira, uma das
Marias brasileiras.
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