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Mostrando postagens de janeiro 8, 2014

Maria Francisca

MARIA FRANCISCA.  8 de janeiro de 2014. Vinha passando pela  Av nossa Senhora de Copacabana quando a figura de uma mulher de cócoras, encostada na parede, chamou a minha atenção. Tinha um porte altivo, daqueles que o tempo não acaba, o rosto apesar de carcomido pelo sol deixava ver que ela, outrora, fora dona de grande beleza.  O que faria alí? Era uma homeless?  Podia se ver que era cega, pelo olhar e pela bengala que trazia junto ao corpo. Parei e fiquei alí pensando nos pensamentos desta Maria, então resolvi me aproximar.  Seu nome era Maria Francisca, morava em Caxias, mas vinha para o Rio quase que diariamente para vender lixas de unha, fosforos,  chaveiros e outras bugigangas. Tinha tão pouca coisa na bacia que fiquei imaginando como ela iria fazer para voltar para casa.  Sua vida é igual a de milhares de outras Marias.  Casou cedo. Ela e o marido sempre trabalharam . Viviam até bem, deram conta de comprar um barraco pequenino em Caxias e ainda criaram dois filhos.  O marido morr