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Governo Federal exonera dois aliados de senador que votou pelos direitos dos trabalhadores

Com o placar de 10x9, Temer perdeu votos fundamentais em relação à reforma trabalhista. As exonerações, assinadas por Rodrigo Maia e pelo Secretário-Executivo Adjunto, Rodrigo Toledo Cabral Cota, reforçam o revés do governo à base que começa a mostrar sinais de fragmentação

Nesta quarta-feira (21) o senador Hélio José (PMDB-DF) acabou pagando pela votação ocorrida nesta última terça-feira (20) na Comissão de Assuntos Sociais – Cas. O relatório de Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista foi rejeitado pela comissão por 10 votos contrários e 9 a favor, onde o voto do senador Hélio José foi decisivo para a primeira derrota desta proposta da reforma trabalhista no Senado Federal.


Hoje pela manhã, o senador Hélio José foi surpreendido pelo Governo Temer e teve diversos cargos cortados e alguns de sua composição de equipe de trabalho exonerados.

O senador conta que ficou surpreso, porém convicto de que fez a coisa certa. “Não será essas represálias contraditórias que fará eu mudar de ideia. Estou certo e votei consciente, votei a favor do trabalhador. O brasileiro não pode pagar o pato e ter seus direitos retrocedidos. Eu participei da luta trabalhista, lutei e continuarei lutando pela classe trabalhadora”, declara o senador Hélio José.

Na prática a Reforma Trabalhista na visão do senador Hélio José, irá tirar direitos adquiridos e conquistados com muita luta pelo conjunto de trabalhadores. “Essa nova proposta simplesmente juntou em seu texto todas as propostas de empresários que tramitavam na Câmara e no Senado e, com isso, inverte toda a lógica da legislação trabalhista no País – ao invés de salvaguardar a parte mais fraca, o empregado, a lei agora servirá apenas ao patrão e isto não é correto”, afirma o parlamentar.

Hoje o relatório chegou na Comissão de Constituição e Justiça – CCJ e passará por uma nova votação.

O Diário Oficial desta quarta-feira (21) traz em suas páginas duas exonerações relacionadas à derrota do governo Temer na votação do relatório da reforma trabalhista, ocorrida nessa terça-feira (20). Vicente Ferreira e Francisco Nilo deixaram, respectivamente, o cargo de Diretor de Planejamento e Avaliação da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste e o cargo em comissão de Superintendente do Patrimônio da União no Distrito Federal, ambos são apadrinhados pelo senador o senador Helio José (PMDB-DF), que votou contra o texto.

Com o placar de 10x9, Temer perdeu votos fundamentais de parlamentares que não sentiram o peso do compromisso com o governo. O senador Otto Alencar (PSD-BA), contrário à reforma, votou como suplente de Sérgio Petecão (PSD-AC), que estava ausente. Eduardo Amorim (PSDB-SE) também votou contra a proposta, além de Helio José (PMDB-DF), do mesmo partido que Temer.

Resposta do governo

As exonerações, assinadas por Rodrigo Maia e pelo Secretário-Executivo Adjunto, Rodrigo Toledo Cabral Cota, reforçam o revés do governo à base que começa a mostrar sinais de fragmentação após a avalanche de denúncias contra Temer.

Nessa terça, durante viagem à Rússia, o presidente amenizou a derrota no Senado. Em entrevista à imprensa, Temer explicou que "o que importa é o plenário", já que a votação da reforma trabalhista, mesmo com a rejeição na Comissão de Assuntos Socias(CAS), ainda passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira (28) e só será votada de forma definitiva no plenário da Casa.

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