Naquele sábado tinha sentido um cansaço fora do normal e a minha respiração estava cada vez mais ofegante, meu marido então me levou para o hospital. Quando lá chegamos, no meio da noite, não havia absolutamente ninguém na sala de espera do Pronto Socorro. Fiquei tomando a medicação e fazendo os exames solicitados pelo médico cardiologista quando ouvimos gritos e choro. Uma jovem havia chegado, trazida pelos amigos, alcoolizada e drogada. Os outros jovens aguardavam na sala de espera, ansiosos e temerosos. Entre gritos a jovem alucinada chamava pela mãe, queria a figura materna que não chegou, talvez cansada de ver repetidamente esta cena e naquela noite mandou uma irmã em seu lugar. Cenas como esta, segundo funcionários do hospital tem se tornado comuns, a cada dia que passa mais jovens, oriundos das baladas que existem na capital, procuram os hospitais depois de uma overdose enquanto seus pais dormem tranquilamente em suas casas. Não p...