Ali bem pertinho da Praça dos Três Poderes, num hotel de luxo, o jovem mensageiro olhava de soslaio para o grupo que se acotovelava, na pressa de ser o mais solicito para com o hóspede que acabava de chegar. Devia ser gente importante. Devia ser rico também, ninguém tem um cortejo tão grande e servil, como aquele, se não tivesse dinheiro. O velhote devia ter uns 60 anos, tinha o rosto congesto, meio inchado, os cabelos brancos desalinhados e gesticulava as mãos como se fosse um contador de histórias. Não era gente fina, de cada cinco palavras que falava pelo menos uma era um nome feio, pensava com seus botões, e nem tampouco era gente do bem, porque repetia constantemente "Temos que acabar com ele". Devia ser um terrorista... É, a gente tem que ficar de olho, e ele ia acompanhar as movimentações do intrigante personagem. Celso Damião, o mensageiro, encontrando com a camareira que atendia o quarto do intrigante hóspede abriu um grande sorriso e cochichou aos
MOSTRANDO A REALIDADE DE BRASÍLIA.