Fico pensando com meus botões se a República brasileira foi realmente instituída como resposta ao apelo popular, ou se foi mais uma manobra de continuidade da forma de monarquia existente. A síndrome do reinado, uma doença incurável, contagiosa, que destrói os princípios de moralidade, onde o fim justifica os meios, está enraizada no pensamento político, e vem desde a antiguidade ocupando os paços do governo. Com outras faces, com outros nomes, mas sempre exercendo os mesmos meios para deter o controle absoluto. Seja na Democracia, na Ditadura, no Golpe Militar, enfim em toda e qualquer forma de governo instituído ela está ali, infiltrada nos colóquios e pensamentos, esperando o momento de reinado. Ela é filha daquela serpente que deu a maçã para Eva, chega num descuido, escolhe a vítima, analisa as possibilidades, e sorrateiramente se instala na mente do detentor do poder escolhido. É como um vírus mortal que gradativamente toma conta de tudo. A síndrome não tem cérebro, ne